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O uso medicinal das plantas é uma prática ancestral que remonta ao início da história humana, estando registada em todas as grandes civilizações, e o universo vegetal está longe de ter revelado todos os seus segredos. Tendo em conta que 350.000 espécies estão classificadas no Planeta, conhecemos apenas a composição química de 1% dessas plantas!
Desde meados do século passado, a indústria farmacêutica destronou a importância medicinal das plantas a favor de medicamentos considerados mais modernos. Mesmo que esses últimos sejam concebidos a partir de moléculas de plantas (aspirina, morfina, quinino, …), a fitoterapia difere completamente, pois privilegia a acção do totum da planta (o conjunto das moléculas) que será superior às moléculas isoladas. Por exemplo, o ácido acetilsalicílico, o composto da aspirina, é uma substância activa da ulmária ou rainha-dos-prados (Filipendula ulmaria L.*) e da casca dos salgueiros (Salix spp.). Sob a forma de medicamento esta molécula pode causar azia. Ao contrário, a planta inteira de onde a molécula natural provém, a rainha-dos-prados, contém taninos que protegem o estômago, o que permite reduzir as dores e as febres sem os riscos dos efeitos secundários sobre a parede gástrica.
Entretanto, todas as plantas são poderosas, e o seu consumo a longo prazo necessita do parecer de um profissional de saúde, de preferência um médico fitoterapeuta.
*Filipêndula, também conhecida por ulmeira, erva-ulmeira, ulmária, olmeira, rainha-dos-prados, erva-das-abelhas, grinalda-de-noiva, aspirina-vegetal e barba-de-bode - Filipendula ulmaria L.
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