Por Marie Courtneau
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Ventosas (ou terapia cupping): uma medicina tradicional universal e multimilenária contra as dores, os males do quotidiano e… mesmo a celulite
Saídas directamente dos armários das nossas avós, as ventosas estão de volta, de há poucos anos a esta parte. Há 3500 anos, os egípcios utilizavam-nas para fins médicos e mais tarde voltam a ser utilizadas no Médio Oriente, na China ou em França. Apesar de terem deixado de ser ensinadas em Medicina no início do século XX, continuam a ser um instrumento terapêutico utilizado pela Medicina Tradicional Chinesa.
Caídas em desuso, estão lentamente a regressar graças, por exemplo, ao trabalho de Daniel Henry em França, um quinesiologista e osteopata apaixonado pela medicina chinesa que codificou as suas aplicações, organizou formação e fundou a Association Internationale des Praticiens de Médecine des Ventouses (A.I.P.M.V) que reúne mais de 800 praticantes em todo o mundo.
O princípio tradicional defendido é o de que o fluxo sanguíneo ocasionado permite descongestionar certas zonas (pulmões em fases de tosse, por exemplo). Esse princípio assenta noutros da MTC: as ventosas são colocadas sobre pontos de acupunctura muito precisos, ao longo dos meridianos (para descongestioná-los.
Uma Consulta: para quem e para quê?
Para além da famosa utilização pelas nossas avós para tratar bronquites, as ventosas são, sobretudo, muito agradáveis e eficazes em casos de dor, sobretudo dorsal mas também articular ou reumática (Cf. entorses). Segundo a medicina chinesa, as ventosas têm, além disso, um efeito circulatório global e permitem descongestionar certos órgãos.
Aqueles que as utilizam falam dos benefícios assegurados em caso de dores de cabeça ou perturbações digestivas funcionais, ou mesmo para problemas de pele (acne, eczema ou psoriasis). Mas uma das aplicações que explica, sem dúvida, o seu sucesso e retoma é a sua utilização estética, proposta por alguns institutos para reduzir a celulite. A ideia é fazer circular a linfa e desintoxicar o organismo. Na prática, o terapeuta exerce uma massagem nas zonas críticas (coxas, ancas, nádegas e ventre) com o auxílio das ventosas e associando tudo isso a um óleo vegetal e a óleos essenciais apropriados.
As ventosas podem ser aplicadas a todos mas são contra-indicadas para crianças muito jovens, durante a gravidez demasiado próximo do ventre, sobre feridas, queimaduras e traumatismos recentes ou para pessoas demasiado enfraquecidas.
Graças a um vácuo realizado com o auxílio duma chama, as ventosas são aplicadas em lugares concretos segundo a patologia, directamente sobre a pele do paciente, que rapidamente fica avermelhada. Também existem ventosas a frio que provocam um vácuo sem chama (menos utilizadas). As ventosas tradicionais a quente proporcionam uma sensação de calor imediata e agradável. Deixadas entre 5 a 15 minutos, podem ser associadas a massagens descongestionantes, se a pele for previamente passada por um óleo vegetal. Nalgumas pessoas, a ventosa deixa uma mancha escura ou avermelhada na pele, sem gravidade e com duração de algumas horas ou alguns dias.
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