RESPIRAÇÃO HOLOTRÓPICA

Artigo genérico em https://www.annuaire-therapeutes.com/index-des-disciplines,

Encontrado em 2019 e posteriormente substituído pelo artigo de Lucile de La Reberdière (em baixo).

Respiração holotrópica: descobrindo uma prática com múltiplas virtudes 

A técnica combina, em particular, uma respiração profunda acompanhada de músicas específicas e de um trabalho corporal, se necessário. Aumenta poderosamente os níveis de energia física e psíquica, pode levar-nos imediatamente e com grande precisão ao interior de nós mesmos, e permite-nos viver experiências particularmente transformadoras e libertadoras nas esferas física, emocional e espiritual.

Esta técnica simples, que não requer uma capacidade especial, não permite a intrusão de outras pessoas durante a experiência; é estritamente individual.

Desenvolve a autoconsciência e a consciencialização do mundo e das realidades, nas esferas mais elevadas. É baseada numa confiança absoluta do potencial de cura da nossa própria psique, uma espécie de "curador interior", e da infinita sabedoria que conduz cada indivíduo ao seu ser interior.

Por Lucile de La Reberdière (em 2020):

O Sopro terapêutico

Método de alteração do estado de consciência, a respiração holotrópica utiliza a respiração e a música para fazer surgir imagens e emoções inconscientes, a fim de libertar bloqueios profundos.

Uma sessão: para quem e para quê?

Fundada pelo psiquiatra checo Stanislav Grof, en 1975, a respiração holotrópica pertence à corrente da psicologia transpessoal, que integra a dimensão espiritual do ser. Ao estudar as terapias xamânicas, Grof descobre que as técnicas de respiração dinâmicas produzem alterações de consciência que permitem aceder a outros planos de realidade. Concretamente, as respirações rápidas provocam uma hiperventilação natural. Esta modifica a composição sanguínea, oxigenando-a. Esse fenómeno acidifica o sangue, o que leva a um estado de consciência diferente e pode provocar visões.

Em numerosas tradições, encontra-se a acção curativa do sopro para elevar o nível energético e desenvolver uma maior vitalidade. A respiração holotrópica é vista como uma viagem interior. É comparável à terapia Rebirth, baseada em respirações regulares.

As experiências relatadas são quase sempre vividas como libertadoras e transformadoras ao nível físico, emocional e espiritual. A técnica pode ser aconselhada às pessoas que sofrem de fobias, ansiedade infundada, stress ou processos de somatização.

Algumas informações úteis sobre uma sessão

A respiração holotrópica pratica-se em geral, em grupo, durante seminários residenciais de, pelo menos, dois dias, mas também existem consultas individuais em consultório.

Os binómios baseiam-se num "respirante" e de acompanhante. A pessoa que pratica a respiração está alongada num colchão, a outra dá-lhe apoio estando presente junto dela durante toda a sessão. O papel respectivo inverte-se no dia seguinte. Muitos terapeutas com formação nesta técnica enquadram o protocolo e movem-se de um binómio para outro com facilidade.

A prática inicia-se com relaxamento através duma música suave e da voz do terapeuta que conduz a sessão. Algum trabalho de acupressão pode completar o relaxamento e a activação da circulação da energia.

Depois, a respiração acelera de modo espasmódico e progressivo. Esta fase de hiperventilação dura vários minutos e resulta em novo relaxamento, visualizações e eventual exteriorização de emoções. Algumas pessoas podem chorar, gritar, tremer. Essas manifestações são consideradas normais porque fazem parte da evacuação do stress mais escondido.

Os terapeutas ficam atentos e intervém quando necessário incutindo confiança e segurança. Uma sessão pode durar várias horas. Poderosa e exigente fisicamente, a respiração holotrópica é contra-indicada a mulheres grávidas, a pessoas com problemas cardíacos, epilepsia ou patologias psíquicas.

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