Por Marie Courtneau
Em https://www.annuaire-therapeutes.com/index-des-disciplines
Inventada pelo americano Andrew Taylor Still em 1870, a osteopatia é ao mesmo tempo um sistema de pensamento médico preventivo e curativo e um método de terapia manual. A osteopatia assenta numa abordagem global: não considera apenas a zona bloqueada mas também toda a relação entre o aparelho locomotor e os órgãos internos. Segundo os osteopatas, os males físicos e psíquicos não têm só impacto sobre os músculos ou os ossos, mais sim sobre o conjunto das funções corporais, sobretudo a função sanguínea e linfática. É o que explica que o gesto corrector possa ser efectuado numa zona muito afastada da zona dolorosa.
O processo visa harmonizar os diferentes sistemas do organismo, sobretudo o sistema músculo-esquelético. No centro desta problemática estão a mobilidade e a motilidade. A mobilidade diz respeito ao conjunto de movimentos de um órgão no espaço enquanto a motilidade designa os movimentos relativos a um sistema ou órgão específico (a capacidade de se mexer espontaneamente). A interacção entre os diferentes sistemas do organismo está no centro da osteopatia.
Uma consulta: para quem, para quê?
A osteopatia dirige-se a todos mas os utentes devem informar o terapeuta acerca da sua história médica. É conveniente levar exames e radiografias se houve uma intervenção cirúrgica ou um acidente recente, porque isso permite ao terapeuta aferir se a osteopatia é indicada para o caso específico.
Normalmente é indicada para dores de costas, de articulações ou traumatismos como tendinites e é de facto nessas áreas que mais provas deu. No entanto, os técnicos afirmam que a osteopatia se aplica também a desordens tão diversas como dores de cabeça, problemas ginecológicos, distúrbios digestivos, nervosos e todos os distúrbios ORL infantis. Mas já não são do seu foro as doenças infecciosas, as fracturas ou as doenças crónicas ou degenerativas como cancro, a esclerose em placas ou a poliartrite.
A osteopatia dirige-se a qualquer pessoa seja qual for a sua morfologia, idade e problemática (à excepção dos referidos)
A consulta
A consulta inicia-se com um inquérito e a observação do paciente em pé, sentado ou deitado.
O técnico palpa o corpo do paciente a fim de verificar se o problema pode ser do foro osteopático e para identificar as zonas perturbadas. Avalia a estrutura do corpo como um todo e os seus bloqueios e pode detectar disfuncionamentos mínimos ou tensões imperceptíveis na origem dos males. Conforme os casos o paciente estará em pé, sentado ou deitado, em roupa interior ou vestido e as manipulações serão mais ou menos suaves.
Os osteopatas podem praticar manipulações exclusivamente manuais e externas e não forçadas (contrariamente aos quiropráticos). Alguns actos delicados (coluna cervical, intervenção em bebés com menos de seis meses), não estão autorizadas sem o diagnóstico de um médico que ateste a ausência de contra-indicações. Por vezes o osteopata é também médico.
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