Por Lucile de La Reberdière
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Ensine o seu cérebro a autoregular-se quando aquece
O neurofeedback é uma técnica de treino cerebral. Tem por base as pesquisas dos neurologistas americanos, Joseph Kamiya e Neal Miller, que tornaram evidente, nos anos de 1960-70, a capacidade de controlo da emissão de certas ondas cerebrais por parte de uma pessoa.
O princípio do neurofeedback age como uma reeducação das perturbações psicológicas, baseando-se na participação consciente do paciente.
Uma sessão para quem e para quê?
O nosso cérebro emite naturalmente ondas eléctricas que, conforme a frequência, caracterizam os nossos estados mentais. Por exemplo, num estado calmo e relaxado, são as ondas Alpha que dominam, enquanto em estado de alerta são sobretudo as ondas Beta. As pessoas atingidas por perturbações do déficit de atenção ou autismo sofrem de stress consecutivo a uma actividade cerebral intensa. O neurofeedback vai reequilibrar esta actividade mental refreando certas ondas e estimulando outras, graças a exercícios áudio. Um electroencéfalograma (EGG) da cabeça de um paciente mede a sua actividade cerebral e as suas variações. Quando a actividade eléctrica do cérebro atinge um determinado limite, o dispositivo emite um sinal, ou feedback, que informa o cérebro do seu estado. Este último auto-regula-se em resposta a esses sinais.
O neurofeedback melhora a qualidade das interacções sociais, o déficit de comunicação, a auto-estima e a empatia. Reduz a cólera, a ansiedade e a instabilidade de humor. Porque diminui a agitação, representa também uma pista de tratamento interessante para a insónia, o stress, a depressão, a epilepsia, as adições e os problemas de concentração.
Algumas informações úteis sobre uma sessão
Com quem
A técnica neurofeedback é utilizada por todo o terapeuta psíquico com formação na utilização do programa. Trata-se de um sistema informatizado Neuro Optimizado.
Em dois níveis de ensino, a formação ensina os princípios de base do método, a colocação dos eléctrodos, o controlo do sinal e os mecanismos do cérebro. Tudo isso pode ser aprendido numa semana.
O neurofeedback deve ser apreendido como um instrumento e proposto no quadro duma relação de ajuda. Sendo livre a sua utilização, será recomendável certificar-se das referências do terapeuta e interrogá-lo sobre a sua abordagem.
Uma sessão
Após uma breve entrevista, o paciente é confortavelmente instalado num sofá com uns auscultadores. O terapeuta posiciona os eléctrodos sobre o topo do crânio – ligados ao programa informático de controlo – e o paciente é convidado a relaxar e ouvir música. Quando um pico de actividade neuronal é detectado, há uma micro-interrupção do som, que age como um sinal reflexo no cérebro. O paciente não tem que fazer qualquer esforço e observa em tempo real a capacidade do seu cérebro de se adaptar aos alertas. Trata-se de um sistema de reforço positivo, que conta em larga medida com a eficácia desta técnica experimental, ela própria baseada na plasticidade das células nervosas e no papel que desempenham nas aprendizagens ao longo de toda a vida.
O exercício dura cerca de 30 minutos, sendo integrado numa consulta completa.
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