Por Marie Courtneau
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A Medicina Tradicional Chinesa (MTC): uma das mais abrangentes e antigas disciplinas do mundo.
A medicina tradicional chinesa engloba Acupunctura, Qi-gong, Tai-chi, Dietética chinesa, Fitoterapia, massagens, Digitopunctura... Todas estas terapias fazem parte de uma abordagem global que tem em linha de conta não só o corpo, o mental e o espiritual, mas também o ambiente físico e social do paciente. Proveniente de práticas ancestrais, a medicina tradicional chinesa conta com cerca de 4000 anos de experiência e tem na sua origem a obra “Os Princípios de Medicina Interna do Imperador Amarelo”, um livro de referência datado do séc. I ou II a.C., que descreve a utilização das plantas medicinais e da acupunctura. Actualmente a MTC é ensinada nas faculdades na China e em todo o mundo, correspondendo a um modelo de pensamento em que o qi (energia vital) anima o Universo e o Homem, e oscila em permanência entre duas polaridades, o yin e o yang. Tudo o que é materializado é constituído pelos cinco elementos (fogo, terra, água, madeira e metal) e cada um destes elementos tem também uma relação com os órgãos do corpo humano. Esta energia - o qi - circula através dos doze meridianos que a conduzem a cada órgão. Saúde ou doença são uma questão de equilíbrio dinâmico, nomeadamente entre o yin e o yang, duas forças opostas e complementares que animam os seres vivos.
A circulação de energia pode ficar bloqueada ou perturbada, criando desequilíbrios por excesso ou carência de yin ou yang. Estes desequilíbrios, que se manifestam, em última análise, sob a forma de doença, têm origens distintas: externas (humidade, frio, vento, calor), internas (emoções, stress), ou internas e externas (problemas de higiene, epidemias). A arte do terapeuta de MTC consiste na reparação destes desequilíbrios e no restabelecimento ou manutenção da fluidez na circulação da energia vital.
Para quem e porquê?
A medicina tradicional chinesa destina-se a qualquer pessoa. Apesar de ser sobretudo uma medicina preventiva, ela pode tratar uma série de patologias (problemas dermatológicos, neurológicos, digestivos, respiratórios, genitais, hormonais, dores, etc. ...).
É utilizada isoladamente ou como complemento da medicina ocidental. Esta última impõe-se em casos de urgência. No que diz respeito a doenças crónicas, como o cancro, a SIDA, doenças auto-imunes, a MTC pode acompanhar com eficácia os tratamentos clássicos, proporcionando uma diminuição dos efeitos secundários e melhorando a qualidade de vida dos pacientes.
Uma consulta
O terapeuta procura informar-se sobre o ambiente familiar, social, de trabalho, ritmos de vida, alimentação, antecedentes pessoais e familiares do paciente. Partindo da observação, o terapeuta avalia a qualidade energética do paciente sem fazer um diagnóstico médico em termos ocidentais, pois a abordagem da MTC tem uma visão do indivíduo como um todo. Em função da personalidade do paciente, o terapeuta escolhe as terapias mais adequadas para que haja uma resposta energética favorável (Digitopunctura, moxibustão, alimentação, Qi-gong, acupunctura, massagem Tui-na, etc.
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