Por Marie Courtneau
Em https://www.annuaire-therapeutes.com/index-des-disciplines
A Hipnose ou Hipnoterapia: entrar em transe, voluntariamente, com fins terapêuticos.
Reconhecidas desde os anos de 1950 pela comunidade médica anglo-saxã, as primeiras utilizações da hipnose com fins terapêuticos remontam ao século XVIII e foram mesmo encontrados vestígios desta prática no Egipto Antigo.
Hoje a hipnose suscita de novo um forte interesse, e nos últimos quinze anos, um número crescente de profissionais de saúde (médicos, enfermeiros, parteiras, dentistas…) recebem formação nessa área.
O objectivo geral da hipnose? Dominar os seus próprios comportamentos, emoções e reacções fisiológicas através de um estado alterado de consciência (transe hipnótico), durante o qual se comunica mais facilmente com o inconsciente. De algum modo, consegue-se curto-circuitar os processos mentais conscientes. A pessoa hipnotizada mantém, no entanto, o controlo de si mesma e não fica sob o controlo do hipnotizador (deveria falar-se antes de auto-hipnose).
A forma moderna de hipnose, a hipnose eriksonniana, é a mais corrente e mais ensinada no Ocidente. Utiliza técnicas de relaxação e de sofrologia para induzir o estado hipnótico e recorre à visualização positiva (está muito próxima da sofrologia).
A hipnose eriksonniana foi criada por Milton H. Erickson, um psiquiatra americano (1901-1980). Como terapia breve influenciou outras práticas terapêuticas como a programação neuro-linguística (PNL).
Uma sessão: para quem e para quê?
A hipnose dirige-se a toda a gente, excepto crianças de menos de cinco anos, psicóticos, epilépticos e pessoas com perturbações da personalidade.
Os efeitos antálgicos (analgésicos) da hipnose são particularmente interessantes, sobretudo no caso de pessoas com queimaduras ou com dores pré ou pós-operatórias, ou ainda para diminuir os efeitos secundários da quimioterapia.
O tratamento da dor de cabeça é igualmente um domínio de aplicação interessante, para tratamento de fundo (ensina-se sobretudo, às crianças, a prevenir as crises através da auto-hipnose).
Finalmente, vários estudos mostraram o interesse da hipnose no acompanhamento do parto, na melhoria de eczema, nas alergias, nos problemas do cólon irritável, no controlo do peso e mesmo na esclerose em placas (mais energia e vigor, menos handicap…). As perturbações ligadas à dependência (tabaco, álcool…) são igualmente abordadas pela hipnose.
Algumas informações úteis sobre uma sessão
Com quem
A formação dos hipnoterapeutas ainda não está harmonizada e continua a variar muito de terapeuta para terapeuta. O número de horas de formação varia entre 300 e 1600. É praticada por médicos, dentistas e psicólogos.
Uma sessão:
Uma primeira visita permite conhecer os antecedentes pessoais e familiares do paciente e perceber as suas expectativas.
Em seguida, as sessões duram, em geral, 30 a 90 minutos e são segmentadas em quatro tempos.
Primeiro, a indução, através da fixação de um ponto ou a narrativa de uma história, leva o paciente a desligar do meio envolvente e a relaxar.
Durante a fase seguinte, a dissociação (ou confusão) corta o paciente das suas percepções auditivas, visuais e tácteis. A respiração e o ritmo cardíaco desaceleram, o corpo fica pesado e imóvel; é o momento em que, num hospital, por exemplo, se fará um tratamento normalmente doloroso (sobretudo a uma criança).
Numa terceira etapa, o hipnoterapeuta formula sugestões adequadas ao objectivo da sessão (por exemplo, parar de fumar).
Para terminar, o paciente é trazido de volta ao estado consciente normal.
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