Por Lucile de La Reberdière
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Regeneração com a medicina dos botões de flor
Do latim gemmae, que significa botão de flor, a gemoterapia é um ramo da fitoterapia. Utiliza tecidos embrionários frescos (botões de flor, rebentos, raízes) de árvores e de pequenos arbustos para tratar um largo espectro de problemas. Já, na Idade Média os botões do pinheiro entravam na fabricação de xaropes expectorantes, na mesma altura em que os escritos de Hildegarde de Bingen (1098-1179) mencionam os botões de bétula e de groselha como sendo diuréticos e anti-inflamatórios. No entanto, só a partir de 1960 a medicina dos botões de flor se desenvolve, graças à investigação de um homeopata belga, o Dr. Pol Henry. Segundo ele, as plantas utilizadas em fitoterapia perdem uma parte das suas propriedades quando chegam à maturidade. Enquanto germe em crescimento, o botão de flor traz consigo o potencial da planta completa
Para quê e para quem?
A gemoterapia é uma abordagem energética fundada na energia vital contida na substância vegetal embrionária, atribuindo ao botão de flor, capacidades regenerativas. À imagem dos grãos germinados, híper-concentrados em nutrientes a fim de se poderem desenvolver, os botões de flor são particularmente ricos em polifenóis, flavonóides, esteróis, enzimas, oligo-elementos, vitaminas, minerais e hormonas. Planta em desenvolvimento, o botão de flor apresenta uma taxa superior de compostos activos e um campo de acção muito mais vasto que cada parte da planta tomada separadamente. Cocktail nutricional e antioxidante, a gemoterapia é uma terapia global cada vez mais utilizada para restaurar as fundações da saúde. A gemoterapia fortalece o sistema imunitário, protege contra o envelhecimento celular, regula os distúrbios do metabolismo (hormonal, digestivo e circulatório). Oferece um tratamento natural contra reumatismos, perturbações do sono, colites e eczemas.
A consulta
A gemoterapia aconselha um de dois tipos de dosagem: uma extraída dos botões de flor sob a forma de macerado de glicerina. Recolhidos na primavera, os botões de flor são postos a macerar durante 21 dias numa mistura de água, álcool e glicerina. O álcool permite extrair os princípios activos. A água capta os sais minerais, os taninos, as vitaminas hidrossolúveis, etc. A glicerina extrai o resto, sobretudo os óleos essenciais. Depois de prensagem e filtragem, o produto é engarrafado e é chamado "macerado mãe" ou “tintura mãe”. O outro método de fabrico privilegia a diluição. O "macerato de glicerina" D1 é 10 vezes mais diluído que o "macerato mãe". Com uma taxa de álcool muito baixa, não tem efeitos secundários e pode ser administrado às crianças mas as grávidas devem pedir conselho médico.
Desenvolvida pelo homeopata Max Tétau, a técnica é rejeitada pelos puristas da gemoterapia de origem do Dr. Pol Henry, porque a solução não inclui água e necessita de mais gotas em cada toma. Uma cura em gemoterapia é bastante longa e dura em média 2 a 3 meses. A gemoterapia é um instrumento utilizado pelos naturopatas ou praticantes de medicinas naturais, que podem, a par disso, propor fitoterapia e aromaterapia.
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