Por Caroline Morel
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O que é?
A fasciaterapia é uma massagem suave que permite detectar e eliminar o efeito dos choques, dores e stress físicos e psicológicos. Esta terapia holística visa as fascias, que são membranas finas que envolvem os músculos, os órgãos e os ossos ou ligamentos, da cabeça aos pés. Elas reúnem e ligam todo o corpo até ao centro das células e funcionam como uma rede de comunicação no organismo que permite, entre outras coisas, a circulação da linfa. O seu papel é também proteger os órgãos e absorver o efeito dos choques. Por isso têm uma função importante no equilíbrio físico e psicológico. Sob o efeito do stress elas crispam-se criando zonas de tensão que engendram dor ou doença.
A terapia consiste na prática de massagens, manipulações e imobilizações a fim de descontrair as fascias para as tornar de novo móveis e libertar bloqueios. Procura também estimular capacidades de auto-cura e de auto-regulação do corpo e tornar o paciente consciente da importância do que sente, ajudando-o a ter uma melhor percepção do seu corpo.
Para quem e porquê
A fasciaterapia revela-se eficaz em numerosas perturbações dos músculos, das articulações ou do esqueleto. Pode ajudar a aliviar problemas de reumatismo, dores das costas, ciáticas, artroses, lombalgias, cervicalgias, razão pela qual é tão apreciada por desportistas e atletas. Pode ser também eficaz em distúrbios digestivos, respiratórios (asma e bronquite) ou ginecológicos. Vários estudos clínicos mostraram, para além disso, que os gestos da fasciaterapia têm impacto na circulação sanguínea, estabelecendo a regulação fisiológica do fluxo. Esta terapia pode ainda ser muito benéfica para o psiquismo pelo relaxamento extremo que proporciona. É por isso muito recomendada às pessoas ansiosas e stressadas.
Contexto histórico
Nasceu em França, na década de 1980, com a denominação de Fasciaterapia, inventada por Danis Bois, quinesioterapeuta e osteopata de formação. Com o tempo, o método apoiado no toque manual foi enriquecido com outras abordagens: a introspecção, a ginástica sensorial, e o acompanhamento verbal. Está em constante renovação graças às pesquisas do Dr. Danis Bois e da sua equipa de profissionais que inclui investigadores em diferentes áreas das ciências exactas, naturais e sociais, médicos, fisioterapeutas e enfermeiros, psicólogos, pedagogos e artistas. Autor de diversos estudos, artigos e livros, Danis Bois é professor/pesquisador em Psicopedagogia Perceptiva do Movimento na Universidade Fernando Pessoa, na cidade do Porto, Portugal. Dirige também, na mesma Universidade, o Laboratório de Estudos e Pesquisas aplicadas a esta área, (CERAP) e coordena os Cursos de Mestrado e Doutoramento correspondentes.
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