Por Marie Courtneau
Em https://www.annuaire-therapeutes.com/index-des-disciplines
A etiopatia: terapia manual dos curandeiros (em francês: rebouteux, palavra sem tradução).
Irmã mais nova da osteopatia, a etiopatia foi criada oficialmente em 1960 por Christian Trédaniel, seu fundador emblemático. Após ter-se interessado pelos métodos dos curandeiros (rebouteux) e ter estudado osteopatia nos Estados Unidos, desenvolveu um método próximo desta. A etiopatia está em vias de reconhecimento em França (onde teve algum mediatismo) e dedica-se a procurar as causas profundas (aïta) dos nossos males (pathos) para depois fornecer, através do toque, um alívio rápido e eficaz.
Apesar de os etiopatas se apresentarem por vezes como os herdeiros dos curandeiros (rebouteux), não agem apenas de modo intuitivo como estes últimos e beneficiam de uma formação sólida de 6 anos. Os gestos são codificados e científicos, assim como o seu raciocínio: os sistemas que compõem o nosso corpo (nervoso, hormonal, circulatório, musculo-esquélitco) interagem entre si.
A arte do terapeuta consiste, portanto, em detectar os desequilíbrios para restabelecer uma certa estabilidade.
A etiopatia como a osteopatia é uma terapia holística (ou seja, que se tem em conta o corpo na sua globalidade) que se foca em disfunções globais.
É ainda de notar que as técnicas destas duas disciplinas são quase idênticas. A etiopatia distingue-se no entanto da osteopatia pelo facto de o currículo estar harmonizado nos cursos de formação, enquanto na osteopatia existem inúmeras escolas diferentes.
Uma sessão: para quem e para quê?
A etiopatia pode ser benéfica para toda a gente, o campo de intervenção é vasto. Nevralgias, lombalgias, entorses, dores articulares, problemas digestivos ou ORL são algumas das manifestações que podem levar a recorrer a um etiopata. Pode ser ainda um problema de regurgitação no bebé, de otites e bronquites repetidas em jovens crianças, de náuseas ou lombalgias na mulher grávida, de entorses ou dores de costas no adulto ou no desportista.
Naturalmente, a etiopatia não consegue tratar tudo e não pode substituir medicamentos ou cirurgias quando estes são indispensáveis.
Deixe um comentário