ENEAGRAMA

Por Caroline Morel

Em https://www.annuaire-therapeutes.com/index-des-disciplines

 

Legenda:

 

  1. Perfeccionista
  2. Altruísta
  3. Combativo
  4. Romântico
  5. Observador
  6. Leal
  7. Epicurista
  8. Protector
  9. Mediador

O eneagrama, um instrumento para compreender quem somos

O eneagrama é um instrumento de desenvolvimento pessoal que melhora o auto-conhecimento e ajuda a compreender melhor os outros e a viver melhor em grupo. À semelhança de Platão que recomendava o conhecimento de si, com o famoso “conhece-te a ti mesmo”, o eneagrama é uma espécie de cartografia do conhecimento de si mesmo, que tem por objectivo despertar a consciência de si mas também dos outros e, de forma mais geral, do mundo: perceber quem somos, qual o nosso papel, como nos orientarmos na vida, identificar problemas relacionais e como agir em função deles.

O eneagrama considera que a nossa inteligência se articula à volta de três centros: o centro instintivo, que assegura a nossa sobrevivência física e psicológica, o centro emocional, relacionado com os nossos desejos, as nossas necessidades e as dos outros, e o centro mental que se interessa pelas nossas escolhas, as nossas decisões e os nossos raciocínios em geral.

Destes três centros, um deles é sempre dominante no indivíduo e perante uma situação, cada um utiliza esse centro dominante para reagir. Este desequilíbrio de utilização dos nossos centros pode provocar excessos ou comportamentos negativos para si mesmo ou para os outros.

O eneagrama procura, assim, tocar nos nossos centros dominantes para evitar que se desenvolvam em excesso em relação aos outros e para nos ajudar a compreender porque reagimos de determinado modo e como corrigir a nossa maneira de ser e os nossos hábitos relacionais negativos.

A identificação do carácter da pessoa é feita com o auxílio de um esquema que vai definir as tendências do indivíduo para certos comportamentos numa dada situação. A palavra eneagrama vem do grego ennea (novo) e grammos (pontos). O esquema que permite identificar o carácter de um indivíduo é constituído por 9 pontos dispostos à volta de um círculo. O esquema assemelha-se a um relógio que, em vez de 12 números só tem 9, estando o número 9 situado no cimo do círculo.

Cada ponto do eneagrama representa um perfil de personalidade (pacificador, individualista, entusiasta, etc.) e está ligado a dois outros pontos no círculo, as Asas, porque um carácter tende naturalmente para outros vizinhos. O eneagrama permite visualizar os traços de carácter de um indivíduo.

O eneagrama: para quem e para quê?

Um pouco como o balanço profissional de competência, o eneagrama vai ser um instrumento de análise do carácter. Pode, por isso, ser utilizado tanto ao nível privado como profissional.

Certas empresas utilizam-no para melhorar a gestão de recursos humanos, na prevenção de acidentes de trabalho ou ainda para aumentar a produtividade. pode igualmente tornar-se eficaz no desenvolvimento da comunicação, na gestão de conflitos ou na organização de equipas mais performativas.

Um eneagrama pode permitir a um indivíduo compreender melhor a sua própria história, o seu percurso e comportamentos que desenvolveu, pela sua educação ou por aquilo que viveu. Permite-lhe reconciliar-se consigo mesmo e operar mudanças que vão ajudá-lo a encontrar liberdade interior.

Algumas informações úteis

Com quem?

O eneagrama é um instrumento que pode ser utilizado por terapeutas ou profissionais do bem-estar. Um cinesiologista, um psico-terapeuta ou um praticante de PNL podem utilizar o eneagrama para ajudar o paciente a compreender melhor como funciona. O eneagrama não é uma terapia em si mas sim um meio de enquadrar o paciente.

Há uma carta deontológica e ética da ’International Enneagram Association, à qual estão filiados muitos praticantes e escolas.

Uma sessão

É através de um conjunto de perguntas que o praticante pode definir o eneagrama de uma pessoa. O paciente conversa com o praticante para que este último possa definir um objectivo na base do qual um contrato de acompanhamento possa ser concluído. Começa por responder a um questionário sobre as suas reacções habituais em certas situações. Terminada esta parte, o praticante poderá apresentar um “eneatipo” ao paciente e propor-lhe trabalhar sobre pontos em que há um desequilíbrio ou um excesso. É nesta base que o número de sessões, o seu ritmo e duração serão decididos. O técnico pode então escolher uma terapia adaptada que tenha em conta os ensinamentos do eneagrama obtido.

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