Por Marie Courtneau
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Dietética chinesa: gastronomia e arte de saúde milenar
A dietética chinesa é uma das gastronomias mais antigas do mundo mas também, e sobretudo, uma abordagem dietética única e que é parte integrante da Medicina Tradicional Chinesa (um dos cinco pilares desta medicina juntamente com a acupunctura, fitoterapia, exercício moderado: Qi-gong, Tai chi, massagem Tui-na e Meditação).
Os conselhos dietéticos têm um lugar de destaque na Medicina Chinesa, sendo o primeiro texto conhecido Os Princípios de Medicina Interna do Imperador Amarelo. Esta obra, datada de há cerca de 2500 anos, refere já “o método de tratamento pela bebida e pela alimentação”. Mais tarde, tratados completos dedicados à dietética chinesa são difundidos. Entre os grandes médicos chineses, alguns eram “Médicos dos alimentos” e consideravam a dietética como o primeiro cuidado de saúde a aplicar aos doentes. Acupunctura e plantas só intervinham como segundo recurso.
Finalmente, por volta dos séc. XIII e XIV, os grandes princípios da dietética chinesa foram codificados nas “Regras de Higiene Alimentar” que incluíam nomeadamente princípios de confecção, receitas terapêuticas assim como uma lista de alimentos a evitar. A ideia geral é adoptar uma alimentação que permita simultaneamente sustentar e reforçar a nossa constituição e, escolher alimentos adequados para combater a doença. Hoje em dia a dietética chinesa beneficia de vários milhares de anos de prática.
Apoiando-se nos mesmos princípios que a medicina chinesa, a dietética chinesa definiu os alimentos de acordo com a lei do yin/yang e de acordo com a sua natureza (fresco, frio, morno, quente e neutro), os seus sabores (picante, doce, ácido, amargo, salgado), a sua forma, cores, consistência e graus de hidratação e as suas afinidades com os órgãos do corpo. As preparações, corte e confecção estão igualmente bem descritos.
Na prática, uma refeição sã prepara-se em função dos alimentos, mas também do quadro pessoal, o ambiente, o clima, a estação do ano, a hora da refeição e a pessoa (idade, terreno, peso, patologias, gostos). Se o seu baço (que gere a digestão segundo a medicina tradicional chinesa) estiver mais Yin, convém escolher alimentos mais yang (mornos, quentes) e vice-versa. É também aconselhado equilibrar os sabores em cada refeição e não abusar de um ou vários deles. Por exemplo, se tem tendência a comer sobretudo sabores doces, demasiado ácidos e salgados e insuficientes amargos ou neutros, pense em introduzir estes últimos tipos de alimentos no seu prato. Por fim, é também importante, a vitalidade dos alimentos (frescura, modo de cultivo, tipo de confecção, transformação...)
Porquê e para quem?
A dietética chinesa é simultaneamente uma arte de viver, uma forma de prevenção e, um cuidado de saúde complementar a tratamentos ou a outras abordagens terapêuticas.
A consulta
O aconselhamento dietético chinês está integrado numa consulta completa e global e inclui previamente um diagnóstico segundo a medicina tradicional chinesa. Antes da consulta precise que deseja conselhos dietéticos, uma vez que se trata de uma abordagem específica dentro da medicina tradicional chinesa.
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